Ademir ficou parado por um momento, como se não tivesse entendido bem, e seus movimentos ficaram mais lentos:
— Vamos nos separar?
— Não deveria ser assim? — Karina respondeu, rindo. — Aqueles que foram no dia provavelmente eram muitos, e se eu for com a Joyce e te verem juntos, o que vamos fazer?
Ademir ergueu uma sobrancelha:
— Ficar ao meu lado é algo vergonhoso?
— Como assim?
Mesmo que fosse verdade, ela não poderia dizer isso. Um amante deveria ter a postura de um amante, e Karina entendia bem essa lógica.
Karina sorriu e explicou:
— Eu sou diferente da Sílvia. Estar com você só aumentaria a popularidade dela, mas eu sou só uma médica, levando uma vida comum, não estou acostumada a ser o centro das atenções.
Karina continuou:
— Além disso, a Joyce já entende algumas coisas. Se ela ouvir algo inadequado, pode ser difícil de explicar. Então, vamos nos separar por enquanto, pode ser?
Ademir ficou em silêncio ao ouvir isso, e seus movimentos também pararam.
— Não fique pensando demais