— Eu sei, podemos deixá-lo continuar o tratamento no hospital pequeno perto da casa dele...
Karina não a deixou terminar:
— E se houver problemas? E se surgirem complicações pós-cirúrgicas? O que vamos fazer, então?
— Você não precisa se preocupar com isso. — Helena disse. — Já conversei com eles, o paciente assinou, ele tem alta por vontade própria e as consequências serão de sua responsabilidade...
— Helena. — A voz de Karina se tornou séria. — Você está brincando comigo? O que você está pensando? Você me diz que tem pena do paciente, mas ao mesmo tempo diz que ele deve arcar com as consequências?
— Eu...
As duas começaram a discutir, a voz se elevando.
Muitos colegas se reuniram na porta do escritório, mas ninguém se atreveu a falar.
— O que está acontecendo? — O chefe do departamento de internação, ao ouvir o barulho, correu até lá e perguntou o que se passava.
Karina respondeu:
— É isso mesmo. O paciente fez uma cirurgia cardíaca, uma operação muito arriscada. Não é hora de econom