A pequena bola fofa segurou a colher, pegou um pedaço de sorvete e o levou até a boca da mãe.
— Obrigada, querida. — Karina aceitou o sorvete, sorrindo com os olhos.
As duas desfrutavam de um momento agradável quando o telefone tocou.
Karina atendeu e sua expressão mudou:
— Ademir.
Ao ouvir Karina o chamar de Ademir novamente, ele ficou um pouco aborrecido, mas logo se recompôs.
Ademir disse:
— Daqui a pouco, o Bruno vai te buscar para você ir até a empresa.
— Tem algum problema? — Karina apertou o celular.
— À noite, você vai me acompanhar em um jantar.
O quê?
Karina ficou surpresa; ela ainda precisava o acompanhar a um jantar?
— Por que não está falando? — Ademir perguntou. — Não quer ir ou acha que não é sua obrigação?
— Não é isso. — Karina se apressou a dizer. — É que à noite eu não posso sair, preciso estar com a Joyce.
Ela não queria deixar Joyce sempre com Otávio. Afinal, Joyce era sua filha.
Se pudesse, cuidaria dela pessoalmente.
— Não é como se você não pudesse voltar. — Ade