Sílvia ficou atônita. O carinho dele a surpreendeu, mas, acima de tudo, a deixou muito feliz.
Ela balançou a cabeça e respondeu:
— Não.
Já que Ademir fez questão de ignorar Karina, Sílvia não viu mais motivo para se preocupar tanto. Talvez ela tivesse agido com um pouco de impaciência.
— Que bom.
Ademir levou Sílvia até a mesa e, com gentileza, cedeu-lhe o lugar de destaque.
— Hoje à noite, você joga por mim. — Disse ele, esfregando a testa com os dedos. — Bebi um pouco, e minha cabeça está um pouco tonta.
— Sua cabeça está muito tonta? — Sílvia imediatamente se mostrou preocupada. — Precisa que eu te massageie?
Enquanto falava, ela já esticava a mão na direção dele.
— Não precisa. — Ademir recusou, mantendo um sorriso no rosto, com um tom suave como se tentasse tranquilizá-la. — Só jogue por mim, está bem?
— Mas... — Sílvia mordeu o lábio. — Eu não sou muito boa, pode ser que eu perca.
— Não tem problema. — Ademir não conteve o riso. — Você acha que eu vou ter medo de você perder? Rel