— Tá bom. — Ademir respondeu imediatamente, tirando o casaco e se deitando ao lado dela. — Dorme.
Karina não disse nada, mas ele sentia a tristeza que preenchia o coração dela.
Ainda assim, Ademir acreditava que tudo aquilo passaria, que as coisas iriam melhorar... E que ele estaria sempre ao lado dela.
...
Devido à condição especial de Karina, a polícia não exigiu que ela fosse até a delegacia para prestar depoimento; foram os próprios policiais que se dirigiram até o quarto do hospital.
Durante o processo, os policiais e Karina ficaram no quarto. Estêvão, como advogado, pôde permanecer, mas os demais não tiveram permissão.
Ademir aguardava na sala de estar, tomado por uma tensão angustiante.
No canto da sala, Júlio, Enzo e Bruno conversavam.
— Por que o segundo irmão está tão nervoso?
— Jura que não consegue imaginar? — Bruno era sempre o mais sagaz. — Ele está com medo de que a Karina volte atrás e cause mais algum problema.
Enzo franziu o cenho e disse:
— Duvido. A Karina é uma pes