Karina envolveu o pescoço dele com os braços, inclinando a cabeça para trás, os lábios quase tocando os dele.
Sua voz suave e aveludada trazia uma pitada de charme manhoso.
— Se você não me provar agora, eu mesma vou me entregar para a polícia. Você não ficaria com pena de mim?
O coração de Ademir estremeceu, como se tivesse levado uma ferroada de abelha.
Ele ainda tinha outra escolha?
Com as mãos firmes, Ademir segurou a cintura e as costas de Karina, tomou coragem e, cerrando os dentes, disse:
— Está bem, eu prometo.
Sem dar tempo para Karina reagir, Ademir selou seus lábios nos dela.
Foi um beijo profundo...
Karina franziu as sobrancelhas e soltou um som de incômodo:
— Está doendo.
Ele a estava mordendo. Como não doeria?
Ao se afastarem, os lábios de Karina estavam visivelmente inchados.
Ademir se sentia dividido entre amor, raiva e impotência:
— Você vai se comportar, não vai?
Ele havia respeitado sua decisão de pôr fim a um casamento que, no começo, nenhum dos dois queria. E Karin