A Dra. Coelho franziu a testa e gritou em voz baixa, aflita:
— Dá licença um pouco, a criança vai nascer!
Os olhos de Karina já não eram a emergência principal.
Se o bebê não saísse a tempo, haveria risco de hipóxia e sufocamento!
— Tudo bem! — Ademir não disse mais nada e recuou rapidamente para o lado.
— Não vá muito longe! — A Dra. Coelho ainda fez questão de alertá-lo. — Já, já você vai cortar o cordão umbilical!
— Sra. Barbosa, morda isso! — A enfermeira enfiou uma toalha dobrada na boca de Karina. — Agora é a parte que realmente dói! Força!
Karina, sem enxergar nada e com a toalha entre os dentes, só conseguia assentir com toda a força que tinha.
— Muito bem, força! — Disse a Dra. Coelho. — Sra. Barbosa, acompanhe meu ritmo! Respire fundo... Isso, assim mesmo. Continue fazendo força!
Ademir viu que os cabelos de Karina estavam completamente molhados, e que, a cada esforço, o corpo dela inteiro tremia.
Ele até conseguiu ver os músculos do pescoço dela se contraindo!
Dar à luz... E