— É mesmo. — Júlio concordou ao lado. — Karina, a polícia realmente não encontrou ninguém no Porsche.
Karina soltou uma risada sarcástica, os olhos vermelhos de raiva:
— Ouçam isso! Isso parece real para vocês? Não encontraram ninguém? O Porsche dirigia sozinho? Foi o próprio carro que atropelou alguém?
— Karina... — Disse Júlio. — A polícia com certeza vai esclarecer tudo, só precisamos dar um tempo para eles...
— Dar tempo para quê? — Karina retrucou. — Para vocês protegerem ela?
— Karina... — Júlio ficou sem palavras, a boca entreaberta, atônito.
— Karina...
— Ademir. — Karina ergueu a cabeça. — Eu vi com meus próprios olhos, como isso pode ser mentira? Um Porsche vermelho, aquele é o carro da Vitória. A placa também é dela. Me diga, eu estou errada?
— Não. — Ademir franziu a testa e assentiu. — Eu não estou tentando proteger ela, só estou te dizendo que ela realmente não estava dentro do carro.
— E onde você escondeu ela? — Karina apertou.
— Eu juro que não escondi ninguém. — Ademi