Sem outra saída, Karina teve que repetir novamente.
— Espera aí... — O policial a interrompeu. — Você disse que naquele dia, quando saiu do trabalho, já eram que horas? Nove? Ou nove e meia?
Karina franziu a testa, pensou por um momento e respondeu:
— Eu não lembro direito.
— Não lembra? Agora há pouco disse que era nove, depois nove e meia, e agora diz que não sabe? Como assim?
Karina rebateu com frieza:
— Policial, o senhor está perguntando sobre algo que aconteceu há dois meses. Se eu lembrasse com clareza, aí sim seria estranho, não acha?
Sem conseguir arrancar informações úteis, Karina foi mantida na delegacia por ora.
Apesar de já ser madrugada, ela não sentia sono algum. Pelo contrário, estava completamente desperta.
“Sequestro? Incêndio? Por que alguém diria que fui eu? Isso é muito estranho...”
A verdade estava bem diante de seus olhos...
...
— Vitória!
Ademir, de repente, ergueu a mão e agarrou o queixo de Vitória, apertando com tanta força que parecia estar prestes a quebrar