Ademir franziu levemente a testa, um traço de inquietação passando por seu olhar.
— Você não gosta de flores?
Karina soltou uma risada leve, sem responder.
De repente, ela disse:
— Hoje, encontrei o Lucas.
O rosto de Ademir mudou sutilmente. Seu olhar ficou pesado ao encará-la.
— Prometi a ele que falaria com o Catarino sobre a doação do fígado. — Karina de repente sorriu. — Aquelas palavras que você sugeriu naquele dia... Por mais duras que tenham sido, até que tinham algum sentido.
— Karina, eu... — Ademir subitamente se sentiu irritado.
— Deixe-me terminar. — Karina sorriu, pressionando os lábios. — Mas impus uma condição: ele não pode tratar o Catarino como filho. E isso eu preciso deixar claro para você também. Vocês, a sua família, devem manter isso em segredo.
Dizendo isso, ela inclinou ligeiramente o corpo.
Era um gesto de despedida:
— Já terminei. Durante esse tempo, você passou por muita coisa, mas agora seu objetivo foi alcançado. Pode ir...
O ambient