— Sr. Ademir... — A garota mordeu o lábio inferior, falando baixinho e de forma tímida. — Eu me chamo Karina...
De repente, o ambiente ficou tenso.
Enquanto ao redor tudo parecia barulho e agitação, esse canto estava isolado, como se uma barreira tivesse sido levantada, anulando toda a confusão ao redor. O silêncio, incomum e desconcertante, pairava.
— Karina, Karina... — Ademir repetiu o nome dela, parecendo sorrir, mas sem realmente demonstrar alegria. Seu rosto não revelava nem raiva nem felicidade.
A garota, por outro lado, se sentiu ainda mais envergonhada:
— Sim, Sr. Ademir.
Nesse momento, o gerente, impaciente, apressou a garota:
— Você já esqueceu por que está aqui? Fica aí parada, o que está fazendo? Não vai logo dar a taça ao Sr. Ademir?
— Sim. — A garota mordeu os lábios, um pouco nervosa, e se aproximou. — Sr. Ademir, obrigada por ter apostado na minha vitória esta noite, deixo-lhe uma taça de vinho...
Ela se curvou para servir a bebida.
A garota, de forma insinuante, perg