Karina ficou paralisada, olhando fixamente para as costas de Ademir, sem saber o que fazer.
"Ele vai pensar? Como ele vai pensar?"
...
Depois daquele dia, Karina passou a morar na Rua de Francisco Antônio.
Todos os dias, ela ia a pé para o Hospital J, vivendo de acordo com o plano que havia feito.
E Ademir não voltou mais para perturbá-la.
No entanto, não sabia por que, mas Karina sentia algo estranho, uma sensação de medo que a tomava sem explicação.
Ela não conseguia identificar exatamente o que era.
Naquela tarde, durante o intervalo, Karina decidiu pegar um táxi até as colinas verdes.
Ao chegar, o segurança na porta a olhou, surpreso.
— Irmã do Catarino, o que você está fazendo aqui?
Karina, sem perceber nada estranho, ouviu o segurança continuar.
— Será que o Catarino deixou algo por aqui? Você veio pegar?
— O quê?
A frase parecia completamente errada.
Karina franziu a testa e perguntou:
— O Catarino deixou alguma coisa aqui? Onde?
— O quê? — O segurança estava tão confuso quanto