O silêncio dentro do elevador era sufocante.
O rosto de Karina estava pálido, sem um traço de cor.
Ao vê-la assim, o coração de Ademir estremeceu, e ele desejou dar um tapa em si mesmo. Como pôde, ao se irritar, começar a falar sem pensar?
— Karina... — Ademir estava arrependido, mas não sabia como se desculpar. — Não era isso que eu queria dizer, eu só queria...
Karina esboçou um leve sorriso e ergueu o queixo:
— Você está certo. Alguém como eu não merece a sua preocupação. Por favor, não se incomode comigo daqui em diante.
Assim que terminou de falar, o elevador parou.
— Karina!
Karina saiu correndo, e a mão de Ademir, estendida no ar, não conseguiu segurá-la.
De repente, Ademir levantou o punho com força e o bateu contra a parede do elevador.
A raiva o deixou tão furioso que ele mal conseguia respirar.
...
Quando Karina foi fazer a ronda, Júlio informou que Ademir estava prestes a receber alta.
Do ponto de vista médico, Karina sugeriu que ele ficasse mais dois dias em ob