Capítulo 46
O silêncio dentro do elevador era sufocante.

O rosto de Karina estava pálido, sem um traço de cor.

Ao vê-la assim, o coração de Ademir estremeceu, e ele desejou dar um tapa em si mesmo. Como pôde, ao se irritar, começar a falar sem pensar?

— Karina... — Ademir estava arrependido, mas não sabia como se desculpar. — Não era isso que eu queria dizer, eu só queria...

Karina esboçou um leve sorriso e ergueu o queixo:

— Você está certo. Alguém como eu não merece a sua preocupação. Por favor, não se incomode comigo daqui em diante.

Assim que terminou de falar, o elevador parou.

— Karina!

Karina saiu correndo, e a mão de Ademir, estendida no ar, não conseguiu segurá-la.

De repente, Ademir levantou o punho com força e o bateu contra a parede do elevador.

A raiva o deixou tão furioso que ele mal conseguia respirar.

...

Quando Karina foi fazer a ronda, Júlio informou que Ademir estava prestes a receber alta.

Do ponto de vista médico, Karina sugeriu que ele ficasse mais dois dias em ob
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