Karina soltou Ademir, acenando com a mão enquanto dizia:
— Espere até sairmos.
— Certo.
Ela se virou e entrou na sala de cirurgia.
A porta da sala foi lentamente fechada.
Do lado de fora, ninguém sabia o que estava acontecendo dentro, só restando esperar.
Ademir nunca havia sentido o tempo passar tão lentamente, como se cada segundo fosse um tormento...
Já era quase meio-dia quando Júlio se aproximou e falou com Ademir:
— Ademir, a cirurgia ainda pode demorar. Vai lá comer alguma coisa.
Ademir balançou a cabeça:
— Não preciso, não estou com fome.
Ele realmente não conseguia comer nada. Quando alguém estava excessivamente tenso, a fome desaparecia por completo.
Ademir olhou ansiosamente para o relógio, com a testa franzida, sempre com o semblante tenso.
— Por que está demorando tanto?
Karina havia dito ao Ademir que a cirurgia do avô, para o Dr. Felipe, não seria um procedimento tão complexo.
Se tudo corresse bem, ele poderia sair até o meio-dia.
Mas agor