— Karina, Karina...
A garganta de Túlio estava apertada, sem conseguir emitir som algum, incapaz de falar, apenas repetia o nome dela incessantemente.
Karina ouvia em silêncio, e então disse:
— Nuvem, adeus.
Fez uma pausa de dois segundos antes de desligar o telefone, permanecendo em silêncio, sem dizer mais nada.
Patrícia a observava discretamente. O rosto, com uma maquiagem impecável, estava seco.
Karina não chorava.
Por algum motivo, naquele momento, Patrícia sentiu uma pontada de pena, mas não por Karina, e sim por Túlio.
Karina ergueu a cabeça e sorriu, dizendo:
— Pode continuar com a maquiagem.
...
O número de convidados naquele dia era grande.
Ademir estava recebendo os visitantes, quando Júlio se aproximou dele por trás e sussurrou:
— Ademir, o Túlio chegou, está na porta. Os seguranças o impediram de entrar.
Júlio hesitou por um instante e acrescentou:
— Parece que ele ligou para a Karina.
O quê?
Ademir ergueu uma sobrancelha e perguntou:
—