Karina tentou controlar suas emoções e não detalhou mais:
— As mães delas vieram me procurar.
— O quê? — Ademir riu com desprezo. — Elas realmente foram procurar você?
Karina não estava com paciência para brincadeiras, e respondeu:
— Você precisa soltá-las.
— Não vou soltar. — Ele nem hesitou em recusar. — O que você fala e o que você realmente pensa são coisas completamente diferentes. Agora, se eu as soltar, o que vai acontecer quando você começar a perder a paciência?
Quando ela perder a paciência?
Karina apertou o celular com força, o rosto de repente se tornou sério e, então, sua raiva explodiu:
— Ademir, você já se divertiu o suficiente?
Ademir fez uma pausa, sua voz soando rouca:
— O que você disse?
Karina riu com desprezo:
— Você é tão inteligente, será que não sabe o motivo da minha raiva? É porque você está ajudando a Vitória, não é? E depois, você desconta a raiva em pessoas que não têm nada a ver com isso. Tem graça nisso?
— Descontar a raiva? — A