— Eu preciso ir! — Ele parou por um instante e completou. — Estou te contando isso porque quero pedir sua ajuda, que você me ajude a esconder isso do meu avô.
Afinal, o avô acreditava que eles ainda estavam juntos.
— O Bruno vai ficar com você.
Karina se sentiu impotente, completamente desolada. Ela sabia bem que, se ele queria ir, não havia nada que ela pudesse fazer para impedi-lo.
Dando dois passos para trás, Karina se calou, aceitando a situação em silêncio.
Ademir, rangendo os dentes, agradeceu:
— Obrigado.
Em seguida, ele abriu a porta do carro, entrou e partiu rapidamente.
Karina ficou ali parada, sem se mover por um longo tempo.
— Karina. — Bruno se aproximou, parando atrás dela. — Entre no carro também.
— Tudo bem. — Karina entrou no carro.
Bruno perguntou:
— Para onde?
Para onde? Certamente, não podia voltar à Mansão da família Barbosa; voltar sozinha significaria contar ao Otávio que Ademir a havia deixado.
Com uma voz suave, Karina respondeu:
— Qualquer lugar, dê uma volta