— Karina! — Vitória explodiu, seu rosto se contorcendo de raiva. — Você é médica, como consegue dizer algo tão repulsivo?
Karina suspirou, exasperada:
— Minha fala te enoja porque as atitudes de vocês são nojentas, minha querida irmã. Será que suas notas sempre ruins te impediram de entender o que é causa e consequência? Sinto muito por você!
— Você... Você... — Vitória tremia de tanta raiva, incapaz de responder.
— Está irritada? — Karina soltou uma risada fria. — Mas me diga: com que direito você está irritada? Que direito você acha que tem?
— Karina, vou ser clara. Você vai doar o fígado, querendo ou não!
— Então fique tranquila, porque eu não vou doar.
Sem perder mais tempo, Karina se virou para sair. Sentia que, se continuasse naquela conversa, a náusea a dominaria. Mas, ao dar o primeiro passo, Vitória segurou seu braço.
O rosto bonito de Vitória assumiu uma expressão sombria, com os dentes cerrados de ódio:
— Karina, estou te dando uma ordem, não estou pedindo.
— Uma ordem? — Ka