Ela não estava errada, naquele momento, o rosto de Ademir não era muito diferente do de um fantasma.
Os olhos escuros do homem pareciam querer atravessá-la, enquanto ele dizia:
— Karina, você realmente precisa ter uma relação ambígua com um homem casado?
Karina olhou para o rosto dele, que se aproximava cada vez mais, e seus lábios tremeram levemente, mas ela não disse nada.
Que tipo de atitude era aquela?
— Você não me ouviu falar? — Ele se inclinou, envolvendo seu corpo em um espaço apertado, com o hálito quente soprando no ouvido dela. — O que ele te deu? Eu te dou o dobro, contanto que você o deixe! Prometa que nunca mais vai vê-lo! Karina, eu te imploro.
Sua voz era tomada por uma raiva intensa, mas ao mesmo tempo, soava incrivelmente submissa.
Infelizmente, Karina não deu ouvidos às palavras de Ademir.
Ela o encarou com um olhar frio.
— Quem eu vejo ou deixo de ver é da minha conta. Por que eu deveria aceitar uma exigência tão absurda? — Karina franziu as sobran