Depois de combinarem tudo, Ademir reservou a passagem de volta para a Cidade J.
No dia da partida, Karina levou Ademir até o aeroporto.
Antes de passar pela segurança, Ademir se inclinou e puxou Karina para um abraço:
— Meu amor, estou indo. Assim que o avião pousar, eu te ligo.
— Tá bom.
— Prometo que vou te ligar todos os dias.
— Tá bom.
— E você, se tiver tempo, me liga também. Ou manda mensagem, qualquer coisa. Não sou exigente.
— Tá bom.
O tempo estava se esgotando, e Karina empurrou levemente Ademir:
— Já chega, não fala mais nada. Vai logo.
Karina olhou nos olhos úmidos de Ademir, sentiu o nariz arder e disse:
— Ainda temos muito tempo pela frente.
Ademir pareceu receber um grande incentivo:
— Eu sei. Então, estou indo.
— Vai. — Karina soltou sua mão, ficou parada no lugar e acenou para Ademir. — Trabalhe bem, coma direito, durma bem e cuide da Joyce em casa.
— Tá bom.
Mesmo relutante, Ademir teve que ir primeiro.
Com um aperto no coração, ele se virou e caminhou em direção ao p