O quê?
Karina ficou paralisada! O que estava acontecendo?
Mas logo percebeu que aquilo era consequência do tumor no cérebro de Patrícia. O sentimento de Karina era mais de compaixão do que de pânico.
Ela rapidamente recuperou a calma e segurou a mão de Patrícia:
— Patrícia, sou eu, a Karina.
— Você?
Patrícia olhou fixamente para Karina, como se estivesse tentando confirmar a veracidade do que ela dizia.
— Sim. — Karina não ousava apressar Patrícia. — Olhe bem para mim, sou a Karina, esta é a minha casa. Nestes dois dias, você vai ficar na minha casa. Patrícia, você me reconhece?
Patrícia fechou os olhos.
— Tudo bem, tudo bem.
Karina deu leves tapinhas na mão de Patrícia, tentando disfarçar a inquietação e o nervosismo que sentia por dentro.
Depois de um momento, Patrícia abriu os olhos. Desta vez, o olhar que lançou para Karina parecia mais lúcido, mas seu rosto ainda demonstrava um certo abatimento.
— Karina...
Ao ouvir seu nome, Karina quase chorou, mas mordeu os lábios e se esforçou