— Não é nada. — Disse Karina de forma pouco natural. — Estou bem.
Isso é estar bem?
Patrícia levantou a mão e enxugou as lágrimas dela:
— Você está chorando desse jeito e ainda diz que está bem?
Ela estava chorando?
Karina levantou a mão, tocou o rosto e percebeu que estava cheio de lágrimas.
Ela realmente estava chorando. Se Patrícia não tivesse dito, ela nem teria percebido.
— Karina. — Patrícia segurou as mãos geladas dela. — Agora que já aconteceu, não adianta se preocupar. Você precisa ser forte.
Karina ficou paralisada, sem nenhuma reação.
— Karina. — Patrícia se sentia extremamente culpada. — Pense bem, o Ademir é uma pessoa tão incrível. Ele já foi esfaqueado, já sofreu atentados com bombas e nada aconteceu com ele. Dessa vez, ele também vai conseguir resolver isso.
“É verdade. Quem o esfaqueou e quem tentou o matar com bombas provavelmente eram da mesma família. Daquelas duas vezes, ele saiu ileso. Mas em situações de risco de vida como essas, quem pode gar