Ao ouvir os passos atrás de si, Ademir se virou lentamente. Seu rosto mostrava um leve sorriso, mas seus olhos transbordavam tristeza.
Ademir disse:
— Karina, você veio.
Karina assentiu.
Ademir olhou para Stéphanie e comentou:
— A Stéphanie já te contou tudo...
— Sim. — Karina não sabia o que dizer, nem como poderia ajudar. — Sabe quem fez isso? O que você pretende fazer agora?
Ademir sabia quem era o responsável, mas não queria que Karina soubesse. Não queria a sobrecarregar com mais preocupações.
Ela já não era alguém para quem ele pudesse se abrir ou em quem pudesse se apoiar.
Sem responder diretamente, Ademir disse:
— Foi tudo tão repentino... Me desculpe.
Karina ficou surpresa, balançou a cabeça e respondeu:
— Não importa. O mais importante agora é a urna do vovô.
...
Quem fez isso, todos já sabiam, não era preciso dizer.
À noite, Ademir se reuniu com Filipe e os outros.
Filipe suspirou:
— É difícil se proteger contra pessoas tão mal-intencionadas.