— É verdade. — Simão sorriu. — Mas, Túlio, se eu te disser que na época eu realmente não fiz de propósito, você acreditaria?
Túlio franziu a testa, confuso:
— Explique melhor.
A expressão de Simão parecia carregada de dor:
— Naquela época, eu estava realmente com medo de perder a amizade dela. Foi por isso que aceitei namorar com ela, mas eu não sabia o que fazer depois. Eu achava que éramos apenas bons amigos.
— E agora? — Perguntou Túlio, com um tom calmo.
Depois de tudo isso, uma reviravolta certamente aconteceria.
— Agora... — Simão disse com um semblante dolorido. — Algumas pessoas e coisas, quando são suas, você não sente nada de especial, acha que é só um hábito. Mas, quando as perde, percebe que são insubstituíveis.
Naquele momento, Patrícia era essa pessoa especial, alguém que não podia ser substituída.
Túlio ficou surpreso e, em seguida, riu:
— Não me diga que agora você percebeu que o que sente por ela não é apenas amizade, mas amor.
Simão olhou para el