Ademir nem sequer lançou um olhar de canto para Arthur e seu filho.
— Esses dois líderes, qualquer benefício que lhes prometeram... Neste momento, eles já não têm mais como cumprir. — Ademir arqueou uma sobrancelha. — Vocês têm certeza de que ainda querem insistir em pedir demissão?
Enquanto falava, tamborilava ritmadamente os dedos sobre a mesa.
Sobre aquela mesa, estavam todas as cartas de demissão deles.
— O que aconteceu?
Assim que a frase foi dita, os funcionários começaram a sussurrar entre si.
Os mais corajosos foram direto perguntar ao Arthur:
— Sr. Arthur, com licença... O que o Sr. Ademir quis dizer com aquilo?
Mas como Arthur poderia saber?
Ele achava que aquilo era só mais uma jogada improvisada de Ademir. Lançou-lhe um olhar de impotência misturado com compaixão:
— Ademir, você acha mesmo que, falando desse jeito, eles vão acreditar?
Afinal, Arthur tinha o respaldo da Gangue Haaz.
Ademir curvou os lábios num sorriso irônico e, enfim, desviou o olhar para encará-lo diretame