Ao ouvir aquelas palavras, Patrícia se sentiu, por um instante, como se fosse a vilã da história.
— Eu não me importo se ele está sofrendo ou não. Isso pode deixar a Karina constrangida.
— Não vai. — Filipe segurou a mão de Patrícia. — O Ademir é um homem íntegro, ele jamais faria algo que pudesse ser mal interpretado. Só quero que ele a veja, de perto... Só isso.
Temendo que Patrícia não acreditasse, explicou com paciência:
— Pense comigo: se o Ademir realmente quisesse fazer alguma coisa, ele precisaria usar o meu casamento como desculpa?
De fato... Fazia sentido.
Mas Patrícia ainda assim respondeu, com um suspiro resignado:
— Mesmo assim, precisamos perguntar a opinião da Karina. Se ela não quiser, a pessoa foi você quem chamou. Então você que trate de dispensá-lo.
Soltou a mão de Filipe e foi atrás de Karina.
Filipe suspirou, frustrado.
— Karina. — Patrícia a chamou, segurando ela com delicadeza. — Me desculpa.
— Tudo bem.
Agora ela entendia por que Patrícia havia dito aquilo mais