Mas foi também essa mesma pessoa quem causou toda a sua dor.
Ela não queria continuar ali parada, não queria mais vê-lo.
Karina se virou apressada, desesperadamente tateando dentro da bolsa à procura da chave. No entanto, sua mão tremia tanto que, por mais que tentasse, não conseguia encontrá-la.
— Karina? — Levi a viu e seu coração se apertou, tomado por preocupação.
Ele sabia o quanto aquilo era um choque para ela.
Mas a verdade estava se revelando aos poucos, e ela, mais cedo ou mais tarde, teria que encará-la.
— O que você está procurando? O papai te ajuda a achar.
— Não fale isso. — O corpo de Karina tremia inteiro. Ela ergueu o rosto de repente, com os olhos cheios de fúria. — Não fala besteira. Eu tenho pai, meu pai já morreu. Ele morreu por minha causa!
Ao dizer isso, as palavras ficaram presas na garganta.
Naquele instante, seu coração pareceu parar de bater. Karina respirou fundo e levou a mão ao peito.
Doía. A dor era insuportável.
Se havia algo por trás de toda aquela verda