Patrícia sorriu.
Ao vê-lo irritado, ela se sentiu feliz.
Talvez por estar desconfortável, não queria vê-lo tão satisfeito... As pessoas sempre têm seus defeitos.
Patrícia disse:
— Por causa do momento. Você sempre me perseguiu, me tratou bem, e com a cirurgia da minha mãe, você ajudou... Eu me deixei levar.
— Se deixou levar?
Filipe segurou o queixo dela, envolveu sua cintura com um dos braços e a pressionou contra o banco.
— Então, o que sente por mim é só gratidão e impulso?
Patrícia assentiu com a cabeça, depois completou:
— Você não acha que isso está errado também? Eu acho melhor não nos casarmos...
— Isso é impossível. — O beijo do homem caiu sobre ela.
Diferente de antes, não havia ternura. Parecia um castigo. Patrícia sentiu dor, ele a mordia.
— Filipe. — Patrícia se contorceu de dor, franzindo o cenho, pressionando o peito dele com as mãos. — Está doendo... Você está me machucando.
— É para doer mesmo. — Filipe murmurou num tom baixo e raivoso, sem soltá-la. — Você fala sem pe