No meio da madrugada, alguém bateu à porta com força.
Patrícia estava tão sonolenta que mal conseguia abrir os olhos. Irritada, se levantou para atender:
— Quem é?
— Patrícia, sou eu.
Do outro lado da porta, a voz masculina familiar fez com que ela despertasse instantaneamente.
Ela pretendia esperar mais um pouco para conversar sobre o fim do relacionamento, mas parecia que alguém já estava com pressa... O que, no fundo, até facilitava as coisas.
Patrícia abriu a porta. Filipe entrou com um passo decidido e levantou a mão, mas Patrícia, por reflexo, deu um passo para trás e virou ligeiramente o corpo de lado:
— Entra. Vamos conversar aqui dentro.
Já era tarde, e conversar à porta poderia incomodar os vizinhos.
Filipe franziu o cenho e abaixou a mão.
— Está bem.
Ele entrou e se sentou no sofá. Patrícia, no entanto, permaneceu de pé, com os braços cruzados, e perguntou com desinteresse:
— Já resolveu aquele assunto?
— Sim. — Filipe não parecia disposto a falar sobre isso. Estendeu a mão