Karina estava balançada.
Havia alguém disposto a abrir mão de seus princípios por ela, e esse alguém era uma pessoa de quem ela gostava.
Mas ela se sentia envergonhada por esse pensamento momentâneo!
— Não, não é isso. — Karina balançou a cabeça, falando com dificuldade. — Eu admito que tenho uma responsabilidade com ele, mas não é só responsabilidade...
— Chega! — Ademir não queria ouvir mais nada. Ele segurou os ombros dela, a virando para o encarar.
— E eu? Você não tem responsabilidade comigo, não me deve nada?
— Ademir... — Karina franziu a testa. Ninguém sabia o quanto ela estava lutando internamente para resistir à tentação!
— A culpa é minha.
O resultado era sempre o mesmo!
Karina estava tão cansada, mas ainda assim não queria ficar com Ademir!
Ademir riu, mais de si mesmo do que de qualquer outra coisa:
— Eu realmente não deveria agir assim.
Karina ficou parada, olhando para ele, querendo explicar.
— Pense bem. — Ele cerrou os dentes, pensando em Karina e também se advertindo.