Ele parecia uma criança, com um olhar inocente.
Então, Ademir pediu:
— Você pode me dar um tapa?
Karina ficou surpresa e perguntou gentilmente:
— Um tapa? Para ver se dói?
— Sim. — Ele assentiu, parecendo cada vez mais como uma criança. — Ouvi dizer que quem está sonhando não sente dor.
— Tudo bem.
Os dedos de Karina tremiam quando ela segurou o rosto dele e se aproximou.
Em vez de bater, ela o beijou.
Ademir arregalou os olhos instantaneamente.
O que estava acontecendo?
Ele tinha sido beijado?
Logo, Karina terminou o beijo.
Ele tinha acabado de acordar, e ela estava preocupada que isso pudesse afetar sua respiração, pois o veneno da cobra poderia comprometer o coração e o sistema respiratório.
Ele ainda estava em tratamento, e o veneno não tinha sido totalmente eliminado.
Ademir abriu bem os olhos, parecendo muito com Joyce quando ela acabava de acordar.
Karina pensou que os traços que Joyce herdou de seu pai estavam se tornando cada vez mais evidentes.
— E então? — Ela sorriu suaveme