— Corre! — Filipe estava impaciente, não esperando Patrícia hesitar mais, e a colocou às pressas nas costas, carregando ela enquanto corria para frente.
No começo, Patrícia ainda se sentia constrangida.
— Me coloca no chão, por favor.
— Colocar você no chão, não vai atrapalhar nossa fuga?
Patrícia ficou em silêncio.
Queria dizer algo, mas um som estranho ecoou aos seus ouvidos.
Patrícia ficou parada por um momento, sentindo as mãos que ela tinha apoiado no ombro dele apertarem um pouco mais.
— Que som é esse?
— Patrícia! — Filipe sorriu com um ar de desdém. — Você não consegue nem identificar o latido de um cachorro, mas vive me zoando por ser nobre?
— Eu sei que é o latido de um cachorro! — Patrícia respondeu assustada. — Mas... Por que o cachorro está latindo assim? E esse latido... E tão ameaçador!
Enquanto corria, Filipe tentava explicar:
— Não percebeu? Esse cachorro pertence ao dono dos pêssegos. Ele está lá para proteger os frutos! É ele que está vindo atrás de nós!
— E agora? O