Se alguém dissesse que aquela casa, agora cheia de sorrisos, já fora palco de noites de solidão, lágrimas silenciosas e corações partidos, seria difícil de acreditar.
As cortinas brancas dançavam ao som da brisa leve, e o som das risadas infantis enchia cada canto. Era praticamente impossível imaginar que, por trás daquela paz, existia uma história que começou… com tudo, menos amor mútuo.
Helen estava sentada no jardim, apoiando o queixo na mão enquanto observava David correr atrás de bolhas de sabão. O menino, com seus cabelos loiros bagunçados e olhos tão azuis quanto os do pai, gargalhava com aquela pureza que só uma criança feliz carrega.
No colo dela, repousava sua mais nova razão de viver: April, com poucos meses de vida, mamava tranquila, segurando com uma mãozinha minúscula o seio da mãe, enquanto com a outra apertava o próprio pezinho. De vez em quando, entre uma sugada e outra, revirava os olhinhos azuis — exatamente os mesmos olhos do pai — como se estivesse prestes a adorm