— Não pode esperar até a manhã acabar? Está com tanta pressa para fazer o quê? — Perguntou Antônio.
Francisca percebeu o tom sarcástico em suas palavras.
— Antônio, você está sendo irracional. Eu sou a mãe do Fábio e tenho o direito de vê-lo.
— Você fala de irracionalidade? — A voz de Antônio ficou subitamente fria. — E me separar do meu filho por cinco anos, não é irracional?
Francisca sentiu como se tivesse levado um golpe no peito. Ela deu um passo para trás:
— Tudo bem, espero até o meio-dia para vê-lo.
Antônio se aproximou e jogou mais uma frase, sua voz dura como pedra:
— Ao meio-dia, vou levá-lo de volta para a mansão antiga.
Mansão antiga? Francisca lembrou-se instantaneamente da conversa entre Mestre Pareira e Sílvia há dois dias.
— Não. Fábio precisa morar comigo. — Insistiu Francisca.
— Morar com você? Para ver você namorando com outros homens? — Disse Antônio de forma cruel.
Francisca ficou atordoada. Namorando?
— O que você está dizendo?
— Se tem tempo para discutir comigo