Chorar por quê? Quem deveria estar chorando era Antônio!
Antônio segurou a sensação de agulhadas no coração e, segurando o rosto dela, disse cada palavra com clareza:
— Francisca, só agora percebo que você é mais cruel do que eu. Levou nosso filho, fez ele chamar outro homem de pai. Você se sentiu bem com isso? Quem foi que te deu a ideia de sair grávida, carregando o filho do verdadeiro pai? Eu não tenho direito de saber?
As palavras de Antônio deixaram Francisca sem resposta.
— Desculpa. — Disse ela, olhando para Antônio. — Eu posso te compensar.
— Como vai me compensar? — Perguntou Antônio.
— Quanto você quer?
— Isso é algo que o dinheiro pode resolver?
Antônio ficou ainda mais irritado.
Francisca não sabia o que fazer, então ficou parada no mesmo lugar. O vento frio batia nos dois, mas eles pareciam não sentir a friagem.
Foi Fábio, que havia acordado, quem quebrou o impasse:
— Mamãe, tio Antônio, o que vocês estão fazendo aqui fora?
Ao fazer a pergunta, Fábio viu que Francisca esta