Francisca ficou com o rosto instantaneamente corado e imediatamente parou de se mexer. Ela só podia olhar ao redor com os olhos vagando.
A sala de tralhas, que antes não tinha nada de especial, parecia ter sido renovada por Antônio. Agora, estava em tons frios e o espaço parecia ter aumentado.
O quarto de Antônio ainda estava igual ao passado, tudo arrumado meticulosamente, até mesmo uma caneta estava posicionada no lado direito do porta-canetas.
Devagar, seus olhos involuntariamente se voltaram para as mãos de Antônio, e lá estavam as marcas das cicatrizes. De onde vieram essas cicatrizes?
- Como você se machucou com vidro nas mãos?
Francisca perguntou sem poder evitar.
Havia muito tempo que Antônio não abraçava Francisca assim, respirando o aroma de seu corpo, sua respiração ficou pesada:
- Não me lembro.
Só um tolo diria a ela. Se ele dissesse, ela saberia que tinha recuperado a maior parte de sua memória e o expulsaria novamente?
Francisca suspirou em resposta:
- Pena. Por acaso vo