- Dê-te um minuto, saia.
A voz de Antônio do outro lado do telefone soou com um tom de comando.
Sair? Francisca apertou o celular com força e olhou para fora da janela:
- Você está aqui?
- E você, o que me diz?
Antônio simplesmente desligou o telefone.
Francisca olhou para o celular que foi desligado e depois se virou para Henrique, um pouco envergonhada:
- Desculpe, aconteceu algo e eu preciso voltar.
Henrique estava prestes a perguntar o que estava acontecendo, mas ao ver a expressão nervosa e apressada dela, ele não perguntou mais nada, apenas assentiu:
- Tudo bem, se cuide.
Francisca pegou sua bolsa e saiu apressadamente.
Henrique se levantou silenciosamente e foi até a varanda, observando sua figura desaparecer ao longe, com uma expressão complicada.
Do lado de fora da mansão, um Cadillac preto, que se fundia com a escuridão da noite, estava estacionado em frente ao portão.
Francisca se aproximou incerta.
A janela do carro deslizou lentamente, e neste momento Antônio estava sentad