Ela empalideceu instantaneamente.
O rosto, que ganhara um pouco de cor após uma noite de sono e um delicioso café da manhã, agora estava completamente pálido.
Ela não queria atender a ligação de Nelson. Wilma respirou fundo e, com determinação, desligou o telefone.
- Wilma, o que houve? - Tatiana, que estava ao volante, percebeu que algo não estava certo e não pôde deixar de perguntar.
Wilma balançou a cabeça, tentando parecer calma, e afivelou o cinto de segurança:
- Nada, podemos ir. Não é bom deixar as crianças esperando.
- Tudo bem. - Tatiana não insistiu.
Todo mundo tem segredos que guarda no coração, e ela não era exceção.
Algumas coisas são escondidas até mesmo das pessoas mais próximas, quanto mais delas, que mal se conheciam e podiam ser consideradas estranhas.
No entanto, Tatiana ainda estava um pouco preocupada:
- Wilma, se tiver algo, pode me contar. Se eu não puder resolver, posso falar com Leo. Sempre há uma solução. Guardar problemas só os faz crescer.
- Sim, obrigada. -