De madrugada.
Na sala de estar do Jardim Rosário, as luzes estavam acesas, o lustre estava no nível mais brilhante possível, como um sol luminoso.
Mariane estava sentada em frente à mesa de mármore, com as mãos apoiando a cabeça, com uma dor de cabeça insuportável.
- Sra. Mariane, quer um pouco de água? - Sussurrou Dona Josiane.
Mariane nem sequer levantou a cabeça e apenas acenou com a mão.
Dona Josiane suspirou.
Vinicius subiu as escadas para tomar banho, deixando a gravata jogada sobre o encosto do sofá lá embaixo. Antes de sair, mandou Mariane se recuperar direito do efeito do álcool.
Ele queria ouvir a história trágica e desesperadora dela quando voltasse.
Mariane não aguentava mais, estava vendo estrelas diante de seus olhos. Considerando que nos últimos tempos não havia pedido nada a Vinicius, talvez ela pudesse apenas dormir e deixar ele bravo, que tudo se danasse.
Enquanto pensava nisso, sua cabeça abaixava cada vez mais.
Até que...
Boom! Boom! Boom!
Três fortes batidas viera