Lúcia não conseguiu esperar pela resposta de Sílvio. O silêncio foi interrompido pelo som repentino das portas do elevador se abrindo.
Vestindo a roupa de paciente, Sílvio passou por ela sem sequer olhar em sua direção. Ao esbarrar no ombro dela, Lúcia quase perdeu o equilíbrio e por pouco não caiu.
Ele, no entanto, não se deteve nem por um instante, como se ela fosse invisível. Com uma frieza cortante, ele saiu do elevador e seguiu seu caminho.
Lúcia segurou-se no corrimão, respirou fundo e tentou recompor-se. A sensação de um nó na garganta a incomodava, mas, mesmo assim, ela o seguiu até o quarto. Assim que chegou, procurou uma enfermeira para avisar que o paciente havia retornado.
No quarto
A enfermeira reconectou o soro na veia de Sílvio, que ele havia interrompido ao sair, e então virou-se para Lúcia com um aviso:
— Vocês precisam ficar de olho nele. Não podem deixá-lo sair sozinho assim. É muito perigoso.
— Tudo bem, eu entendi. Muito obrigada, Srta. enfermeira. — Respondeu Lúci