— Sr. Sílvio, o senhor deveria descansar por alguns dias. Faz dias que o senhor não dorme direito. Suas olheiras estão cada vez mais escuras. — Comentou Leopoldo, preocupado com a saúde de Sílvio.
Sílvio não respondeu. Apenas entrou no elevador, pensativo. De volta ao hotel, ele ainda estava inquieto. Pegou o telefone e ligou para Ilídio, o filho do Dr. Daulo.
Quando Ilídio atendeu e ouviu o motivo da ligação, sua voz se encheu de desculpas:
— Sr. Sílvio, não é que eu não queira ajudar. O problema é que meu pai é muito teimoso. Ele não escuta ninguém, nem mesmo a mim.
— E não há outra maneira de convencê-lo?
Sílvio apertou o celular com mais força, a tensão claramente visível em suas mãos.
Ilídio deu uma risada curta antes de responder:
— Na verdade, há uma pessoa que pode convencê-lo.
— Quem?
— Basílio. Meu pai tem um carinho especial por ele. Trata o rapaz como se fosse seu neto. Se Basílio pedir, meu pai com certeza vai ouvir.
Basílio.
Sílvio riu com desprezo. Claro que sabia que Ba