Vestindo um suéter, a esguia Lúcia saiu do banheiro.
Ela estava com uma aparência péssima. Sentia dores pelo corpo todo e tinha acabado de tomar um punhado de analgésicos quando ele retornou.
- O que foi? Minha desculpa não foi suficiente e você quer continuar a me maltratar? - Lúcia segurava a área do fígado, franzindo a testa de fraqueza.
Ela estava visivelmente debilitada e abatida.
Sílvio sentou-se no sofá, olhou para o frasco de remédio em suas mãos e depois para Lúcia, que se aproximava, seu olhar caindo na área que ela segurava. As palavras de preocupação escaparam de sua boca:
- O que aconteceu com seu fígado?
Era a primeira vez em um ano que Sílvio demonstrava preocupação por ela.
A mágoa e a raiva no coração de Lúcia diminuíram instantaneamente.
Ela era fácil de agradar, bastava ele mostrar um pouco de preocupação, uma gentileza mínima, e ela já se acalmava.
As palavras do médico ecoavam em sua mente: “Srta. Lúcia, é importante que informe seu marido sobre sua condição. Ele