O que Sílvio não sabia era que, por mais que tentasse, já não havia mais volta para eles. O que estava quebrado entre os dois não podia ser consertado.
De repente, ele sentiu algo molhado em seu nariz. A mão que segurava o cigarro parou por um momento, e ele levou a outra mão ao rosto. Ao olhar para a palma da mão, viu uma mancha vermelha.
Sílvio ficou surpreso. Sua mão, que segurava o cigarro, tremia levemente. Era a segunda vez que isso acontecia.
Ele se lembrou de que, alguns dias atrás, logo após ter discutido com Lúcia e descido para o carro, também havia sangrado um pouco pelo nariz.
Nos últimos anos, Sílvio havia trabalhado como um louco, noites sem dormir, sempre se dedicando ao Grupo Baptista, expandindo a empresa até ela se tornar a maior do setor. Todo esse esforço tinha uma motivação: esquecer Lúcia.
Ele sempre teve uma saúde de ferro, e o ritmo insano de trabalho, combinado com o desenvolvimento acelerado da empresa, o fazia esquecer até de cuidar de si mesmo. Fazia anos q