O homem tinha o cabelo raspado, vestia roupas casuais e segurava um caderno e uma caneta nas mãos.
Ele era o mesmo policial que tinha dispersado os jornalistas em frente ao prédio do Grupo Baptista e que tinha dado uma pomada para Lúcia.
Com um sorriso no rosto, sem o uniforme, ele parecia ao mesmo tempo robusto e refinado:
- O caso da Olga ainda não terminou. Assim que eu finalizar, voltarei.
- Ela trabalhou como enfermeira no Hospital Central da Cidade A? - Lúcia perguntou a dúvida que tinha na mente.
O homem assentiu:
- Os registros mostram que sim, mas ela se demitiu há três dias.
- Um emprego com ótimos benefícios, que muitos desejam, e ela se demitiu? - Lúcia franziu a testa, achando ilógico.
O homem explicou:
- Descobrimos que ela tinha depressão. Acreditamos que ela se mudou para o Bairro das Árvores com a intenção de se suicidar.
- Eu a encontrei algumas vezes, e ela não parecia ser uma pessoa com depressão. Ela era bem normal enquanto trabalhava como enfermeira. - Lúcia ba