A mão e o braço de Sílvio ainda latejavam de dor por causa da bengalada que Abelardo lhe dera.
Abelardo tinha tentado se matar na frente dele! Ele quase caiu junto ao tentar segurar o sogro.
E ele não tinha o direito de se sentir injustiçado? Não tinha o direito de se sentir mal?
Lúcia nem sequer perguntou o que havia acontecido. A primeira coisa que fez foi lhe dar um tapa na cara.
Então era assim que se sentia ser mal compreendido? Era uma dor sufocante, uma angústia que o consumia por dentro.
Sílvio sabia que precisava manter a calma. Lúcia já havia perdido a cabeça, e se ele não se controlasse, a situação só pioraria.
— Lúcia, vou repetir... — Sílvio tentou, contendo sua raiva, mais uma vez conversar com Lúcia.
Outro tapa acertou o rosto de Sílvio, dessa vez na outra face.
— Cala a boca! O que mais você tem a dizer? — Lúcia gritou, chorando descontrolada. — Eu nunca deveria ter te convidado para jantar hoje! Tudo isso é culpa sua! Foi você que destruiu meu pai desse jeito!
Ela come