Sílvio estava tão absorto em seus pensamentos que só percebeu quando Lúcia, inquieta em seus braços, começou a resistir:
— Sílvio!
— Para de falar e dorme. — Respondeu ele, visivelmente irritado.
Lúcia, ao notar o tom impaciente dele, não conseguiu evitar o desabafo:
— Se você está tão irritado comigo, então é melhor voltar pra sua casa.
— Lúcia, minha paciência tem limite! Você não entendeu? Eu mandei você dormir. — Sílvio resmungou, frio.
Era assim que ele era, autoritário e sem se preocupar com os sentimentos dela. Estavam na casa da família Baptista, mas qualquer um que visse a forma como ele se comportava acharia que era ele quem mandava ali.
Mas, no momento, a família Baptista realmente dependia de Sílvio, e ele tinha o poder de fazer o que quisesse. Melhor não provocá-lo. Se ele quisesse passar a noite ali, que ficasse. Amanhã ela voltaria com ele para o apartamento dele.
Lúcia nunca se sentia tranquila com a presença dele naquela casa. Temia que Sílvio fizesse algo contra seu p