Lúcia estava tão fraca que seus lábios estavam sem cor, gelados.
Sílvio ligou o aquecedor e ajustou a saída de ar.
Ela sentiu o calor envolver seus dedos, e finalmente começou a relaxar.
— Giovana foi diagnosticada com depressão. — Disse Sílvio, com a voz fria e sombria.
Ela não se importava nem um pouco, e respondeu de forma indiferente:
— Ah.
— "Ah" o quê? Não tem nada a dizer? — Ele retrucou com sarcasmo.
Lúcia não sabia se ele estava apenas tentando provocar ou se realmente precisava descarregar sua frustração nela.
Giovana era sua rival, a mulher que havia destruído sua família, a assassina que quase tirou sua vida em Viana. Giovana ter sido diagnosticada com depressão era nada mais que merecido! Era a justiça divina!
E ele ainda tinha a ousadia de perguntar o que ela tinha a dizer sobre isso?
Lúcia soltou uma risada amarga:
— Não tenho nada a dizer.
— Mas eu quero que você diga! — Ele insistiu, teimando em pressioná-la.
— Então só posso dizer que o universo é justo. O que vai,