Ele examinou o caderno, que estava amassado, obviamente usado por um bom tempo.
Ele estava curioso: O que ela estaria escrevendo naquele caderno que ele lhe dera? Segredos que ninguém conhecia? Confissões e arrependimentos sobre sua família?
Ele estava prestes a abrir o caderno.
A mulher na cama murmurava:
— Sílvio... Sílvio...
Sílvio colocou o caderno sobre a mesa, sem abri-lo. Ele pensou que eles tinham chegado a esse ponto. Não importava o que estivesse escrito ali, eles não poderiam voltar ao passado.
Eles estavam errados desde o início, e não importava quanto lutassem, continuariam errados.
O que Sílvio não sabia era que, naquele momento, ele parecia despreocupado e desinteressado pelo caderno, mas quando Lúcia morresse, ver o conteúdo do caderno o deixaria arrasado e enlouquecido.
Lúcia ainda chamava seu nome. Incapaz de se controlar, Sílvio se aproximou dela, abaixando-se e colocando o ouvido perto de seus lábios, querendo ouvir o que ela queria dizer.
— Sílvio, me ajude, cuid