Ela segurava o celular, sentada no pilar da ponte, que estava gelado como gelo.
- E se foi, o que importa? E se não foi, o que muda? - Sílvio riu com indiferença.
Mesmo nessa situação, ele ainda conseguia rir. Era a escória máxima.
Mas, no fim, isso realmente já não importava mais.
- Sílvio, eu já fiz o que você pediu, fiquei ajoelhada por duas horas em frente ao Grupo Baptista.
- Devo te dar uma medalha por isso? - Ele respondeu, cheio de sarcasmo.
- Você deveria cumprir sua promessa e me dar os cinco milhões.
Ela falou com dificuldade, e ele fingia não entender, forçando-a a lembrá-lo repetidamente, sem vergonha.
- Sra. Lúcia, quando foi que eu prometi salvar seu pai?
- Sílvio! - Lúcia apertou fortemente o celular.
- Acho que o que eu disse foi que eu queria mais que qualquer um que ele morresse, não? Você é que foi idiota o suficiente para ficar de joelhos no frio, isso é problema seu. Quem mandou ser masoquista?
Todas as defesas de Lúcia desmoronaram.
Segurando o celular, ela choro