Ivone achou que o papagaio estava chamando por ela. Achava o animal tão inteligente e esperto que se apressou em se aproximar.
— Você está me chamando de novo? Que fofura! Como você sabe o meu nome? — Disse ela, enquanto estendia a mão para acariciar suas penas, que eram incrivelmente macias.
O papagaio a observou fixamente, sem fazer mais nenhum som.
Ivone pensou que Basílio devia gostar muito dela, provavelmente chamava seu nome tantas vezes na frente do pássaro que ele acabou aprendendo. Isso a fez sorrir. Talvez Basílio não fosse tão frio assim; ele apenas era reservado e tinha dificuldade para expressar seus sentimentos.
— Com fome... — Disse o papagaio, enquanto seu estômago roncava audivelmente.
Ivone procurou a ração e encheu o comedouro no suporte. Também colocou água fresca no recipiente.
O papagaio, empolgado, abaixou a cabeça e começou a comer rapidamente. Em poucos instantes, já tinha devorado tudo.
— Ei, coma devagar. Ninguém vai roubar sua comida. — Disse Ivone, rindo, e